terça-feira, 6 de maio de 2014

Sim, eu sou uma Robocop

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   Ter um monte de coisas grudadas no corpo 24 horas por dia e parecer um robô humano nem sempre é legal. As vezes pode até ser desconfortável. De vez em quando eu sinto falta de dormir com nada pendurado no meu corpo. 
  Porém, os benefícios de parecer a versão feminina do Robocop superam esse desconforto. 
Bomba de infusão, sensor e cânula de insulina. Infelizmente essa foto não é do meu corpo... quem me dera ter uma barriga dessas!
  Há algumas semanas eu recebi uma ligação da Medtronic me oferecendo um teste com o novo sensor de glicemia, o Enlite (para mais informações, clique AQUI). Ele é menor que o sensor antigo, muito mais fácil de colocar no corpo e mais preciso que o anterior, segundo informações da Medtronic. Eu aceitei o convite e na terça-feira passada a Tayana, enfermeira da Medtronic, fez a instalação. Realmente, o sensor é bem menor, doeu muito menos para inseri-lo no meu corpo e eu achei que realmente ele é mais preciso. Muitas vezes as glicemias do glicosímetro bateram com as do sensor.
   O que realmente me fez, mais uma vez, sentir que vale a pena usar o monitor contínuo de glicose (CGM) foi o que aconteceu depois. Primeiro, eu fiz os meus exames laboratoriais de costume e precisava ficar em jejum por 4 horas. Isso não é tarefa fácil para um diabético. O que me foi muito útil foi saber quando a minha glicemia  estava para cair. Eu pude dosar melhor a insulina, colocar basal temporário. Quando cheguei no laboratório e eu vi um 88 mg/dl com 2 setas para baixo eu apressei todo mundo para que tirassem meu sangue logo para eu poder comer. O resultado do meu jejum: nenhuma hipoglicemia. 
  Agora a parte dois: na própria sexta-feira fui agraciada com uma virose (em pleno feriado, com queridos amigos em casa). Não conseguia segurar nada no estômago. Fiquei pelo menos 12 horas em jejum total. O que me ajudou a não ter uma hipoglicemia de novo foi o CGM. Eu consegui acompanhar onde minhas glicemias estavam. Consegui ver as tendências. Sabia a hora que estava subindo e a hora que estava caindo. Sabia que se tivesse uma hipoglicemia dormindo a bomba iria apitar e me acordar. O que aconteceu na verdade foi justamente o contrário. Eu baixei demais a insulina da bomba e junto com a glicemia que normalmente já sobe quando estamos doente, acordei no meio da noite com ela apitando e quando vi a glicemia, ela estava 314 mg/dl. Corrigi e voltei a dormir. Acordei na casa dos 90. O CGM me deu toda a tranquilidade de manusear as minhas glicemias, mesmo estando tanto tempo sem conseguir comer nada.
   Eu não quero fazer aqui a propaganda para a Medtronic. Eles não pediram para eu escrever isso e não ganhei nenhum centavo por isso. O que eu quero é somente dar o meu ponto de vista sobre tecnologias que nós diabéticos temos disponíveis no mercado. Esse é o meu dia a dia com a bomba de infusão de insulina e o CGM. 
  E você, quais são as tecnologias disponíveis que você usa e recomenda? Compartilhe aqui!
  Obrigada!
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