segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A mulher diabética

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Ser uma mulher diabética é:
- ter se perguntado na adolescência se ela seria rejeitada por um garoto por causa do diabetes;
- ter chegado a conclusão que se algum dia um garoto te rejeitar por causa do diabetes é porque ele não te merecia;
- temer que uma hipoglicemia te atrapalhe bem na hora da prova da Fuvest;
- se perguntar se o diabetes vai interferir na sua vida profissional;
- se perguntar se você terá filhos, apesar do diabetes;
- pedir para a sua madrinha de casamento ter balas com ela na hora da cerimônia caso você, a noiva, tenha uma hipoglicemia;
- casar, na verdade, com hiperglicemia porque o nervoso está muito grande e você não quer corrigir e correr o risco de ter uma hipoglicemia bem na hora de dizer o "sim";
- ter sempre uma bolsa grande para conseguir colocar glicosímetro, pastilha de glicose, conjunto extra de cânula e cateter, aplicador de cânula, celular, carteira e a necessaire com maquiagem e afins;
- lembrar de colocar a bomba de insulina no basal temporário para não ter uma hipoglicemia durante uma compra no mercado;
- ter uma gravidez de alto risco;
- saber que durante a gravidez não adianta nada se desesperar com uma hipoglicemia ou hiperglicemia, porque o desespero só piora as coisas;
- sair da maternidade com o seu troféu em seus braços, se sentido a mulher mais vitoriosa da face da terra;
- ser compreendida e apoiada de forma prática pela pessoa pela qual você se apaixonou;
- ser surpreendida pelas palavras de encorajamento daquele amigo de infância na hora que bate aquela depressão;
- conhecer outras mulheres maravilhosas na internet que são exatamente como você e conhecem as suas lutas, porque as delas são as mesmas;
- saber que apesar de todo apoio que você recebe, no fim das contas, essa luta é sua e só você pode cuidar de si própria;
- ter que parar o carro em um posto de gasolina porque você não tem a menor condição de dirigir com hipoglicemia;
- pedir para Deus toda a noite antes de dormir que Ele te livre de uma hipoglicemia severa;
- morrer de rir quando a sua filha pergunta: "mamãe, você vai tomar insuLUna?"
- morrer de rir também quando você pede para o frentista completar o tanque com insulina, ao invés de gasolina;
- saber os carboidratos de praticamente todos os alimentos que existem;
- não se conformar com o sistema de saúde tão falho em seu país;
- lutar pelos seus direitos garantidos pela constituição brasileira;
- se dedicar em cuidar de sua saúde, porque você tem muito, mas muito mesmo a perder;
- entender que o diabetes afeta todos os aspectos de sua vida, mas que no é por causa disso que ele vai te dominar;
- encontrar o controle emocional e viver uma vida alegre e com paz, apesar de ter uma doença crônica;
- por fim, ser uma mulher diabética é ser uma mulher forte, de garra, que sabe valorizar o que há de melhor nesse mundo, que anda de cabeça erguida, não por soberba, mas porque essa é a postura de uma verdadeira guerreira que vence suas batalhas a cada dia!


Sim, somos poderosas!







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